sábado, 2 de julho de 2011

DEUS, NÃO! DESUMANO!

DESUMANO, DEMASIADO DESUMANO


Ontem à tarde, meu amigo de infância, José Henrique Cordeiro Mendonça (Zeca para os íntimos), 46 anos de idade, casado, dois filhos, engenheiro civil e matemático, faleceu após 27 dias internado, sendo ontem o 17º dia na UTI de um hospital daqui de São Luís do Maranhão.

A morte do meu amigo nada tem de extraordinário ou especial diante de tantas mortes que acontecem todos os dias, em todos os lugares do mundo, que abalam, chocam e entristecem aqueles que ficam - parentes e bem-querentes dos que partem. A morte é sempre “a morte”, destino de todos, portanto, já deveríamos estar acostumados - mas não estamos!

O objetivo do presente artigo não é tratar sobre a morte, seja a dos entes queridos, seja a dos desconhecidos, mundo afora. Este artigo é um desabafo, uma denúncia, um manifesto contra a mentira que se perpetua há séculos, contra a superstição que domina o coração e a razão de pessoas que, desenganadas ou desesperançadas, elevam seus desenganos ao "supremo engano", alçam suas desesperanças ao "supremo desespero" - numa palavra, à "mentira suprema". Elas perderam o que tinham e agora, em desatino, clamam a um “ser que não existe”, e que jamais existiu. Um Deus bom e misericordioso, pronto a ouvir seus lamentos, suas súplicas e a atender suas orações - produzido não do "barro", mas de toneladas de "algodão-doce".

Não importa que religiões inteiras venerem seu nome e propaguem suas glórias. Seu próprio nome (seja lá como o chamem nas diversas "mães da mentira", as religiões) e sua suposta “glória” são e sempre foram fruto de mentes doentias, alquebrantadas, sofridas, desesperadas, fracas, psicóticas, para não dizer obscenas. Basta ver o que fazem os denominados "fiéis". Não enxergam a realidade que se passa a sua volta. Bem ao contrário, põem suas vidas a serviço do "nada supremo", à deriva no mar da existência, na vã esperança do "triunfante amanhã" (que jamais virá!).

Essa gente religiosa e seus sacerdotes deviam se envergonhar de suas pregações, de suas orações, de seus joelhos dobrados e de todas as veleidades que praticam em nome do “NADA SAGRADO”, do inexistente, desse corruptor de vidas, desse demônio mental – "o Deus-mentira”.

Toda essa gente tola, fraca de consciência e de razão, acredita que suas preces, súplicas e orações são ouvidas e atendidas por um "Deus bom e misericordioso", mas, ao fim das contas, precisam encarar a realidade cruel dos fatos: "o cretino sagrado não está lá". Ainda que passem horas, dias, noites, orando por seus entes queridos, pedindo ao seu Deus-mentira para curar seu filho ou filha, pai ou mãe, amado ou amada, amigo ou amiga, a resposta que ouvirão será sempre mais débil e desoladora do que o eco produzido pela própria voz dentro das cavernas ou no alto das montanhas. No entanto, apesar de todas as evidências em contrário, com total falta de vergonha e de escrúpulos, tentarão convencer os outros e a si mesmas que não importa o resultado de suas orações, pois cumpriu-se “a vontade de Deus e não a nossa”. A isso chamam "resignar-se e manter-se na fé". Amém!: eis a palavra mais mentirosa e desavergonhada que se pode ouvir. Essa gente lota igrejas, mesquitas, templos, sinagogas – antros da mentira, moradas do desespero e da falsidade, altares dos demônios mais perniciosos que uma mente insana pode conceber, e, supondo estarem salvando suas almas, entregam suas vidas, seus bens e sua coragem ao "desumanizador Deus" - a mentira de muitos e muitos séculos!

Serei um soldado aguerrido em combate contra esse Deus-mentira e seus seguidores, esse exército de vulgares, essa multidão de incapazes, essa legião de santos vivos (apesar de mortos para a razão e para a sapiência). Combater esse trono da mentira é para mim tão salutar quanto buscar o meu pão-de-cada-dia, por isso, declaro guerra ao Pai de toda essa doença sagrada, divina, religiosa. Não combato "o inexistente", pois o inexistente encarnou-se nos "existentes", combato esses "desumanizados" - esses que, para criar e amar seu "ídolo desumano" (sua versão do "bezerro de ouro"), lançaram seu ódio contra a espécie humana e puseram sobre ela o estigma da culpa.

Sei que alguns deles dirão: "ele está revoltado com a morte de seu amigo e pensa que Deus é o culpado". Eu, porém, replicarei: "Não, seus cretinos, não é a perda de "um" amigo que me fez combatente dos pregadores da mentira, é a certeza de que, agindo desse modo, me mantenho fiel à Terra e não a quimeras, brindarei um dia, com toda a raça humana, a vitória sobre os "muitos-demais"".

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