terça-feira, 12 de abril de 2011

SALA DE AULA ON LINE

AS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS*
Texto de Anderso Moco (com colaboradores)


A ciência busca a verdade. Justamente por isso, a verdade de hoje pode se revelar incompleta ou inconclusiva amanhã. Charles Darwin fez isso no século 19 ao publicar sua Teoria da Evolução: revolucionou conceitos que vigoravam de forma sólida e precisaram ser revistos.
A história da humanidade está marcada por esses avanços científicos e é papel da escola (e de todo professor) acompanhar essas transformações para não passar informações erradas aos alunos nem defender conceitos ultrapassados.
Durante toda a pré-história, os fenômenos naturais eram atribuídos aos deuses. Entre os séculos 8 a.C. e 6 a.C., na Grécia antiga, floresceu a Era da Teoria do Conhecimento Clássico – a natureza então tinha uma causa e um efeito e a busca pela verdade se dava pela razão. Na Idade Média, do século 1 ao 13, nasce o teocentrismo – a concepção de Deus como o centro do universo e do conhecimento – a verdade só era acessível por meio da fé, o monopólio do conhecimento estava nas mãos da Igreja, e existiam verdades supremas e divinas que não eram dadas à Razão conhecer. Os séculos seguintes foram marcados por um período de enorme vitalidade no campo das artes e das ciências – o Renascimento, que teve seu apogeu entre os séculos 15 e 16, colocou as pesquisas e análise empíricas como o único caminho da busca da verdade. Foi somente aí que começou a cair por terra a ideia de aceitar como fonte do conhecimento o mito, a razão e a fé.
Com a Idade Moderna, teve início o período em que a ciência devia valorizar a certeza absoluta, objetiva e inquestionável. Porém, com a evolução da própria Ciência, começaram em meados do século 20 os questionamentos sobre essa visão matematizada ou exata do conhecimento.
Pois bem, seja como for, o que devemos ter em mente (nós, educadores e alunos, que fazemos a escola) é que a sala de aula é o melhor lugar para refletirmos sobre o próprio avanço da Ciência e o percurso feito pela humanidade, num processo que não termina.

*Fonte: Revista Nova Escola, Ano XXIV, Nº 221. Adaptação do texto “As grandes teorias e a sala de aula”, em Evolução, de Anderson Moco (Bianca Bibiano e Rodrigo Ratier colaboraram).

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