quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Excertos de "O Governante das Estrelas"

DO HOMO SAPIENS AO HOMO UNIVERSALIS*
- As Pegadas dos Grandes Buscadores -

“Acredito que a humanidade está no umbral de uma nova era, uma era em que poderemos nos lançar além dos trágicos desperdícios dos conflitos destrutivos, além até dos esforços construtivos para corrigir o dano, e poderemos centrar nossas vidas na criatividade”
                                     John C. Pierrakos

Se mergulharmos fundo na História da Humanidade, veremos que o homem sempre teve uma tendência, digamos, ‘natural’ de perscrutar o desconhecido – o mundo à sua volta. Estar simplesmente aqui, na Terra, sem saber de onde veio, qual sua importância dentro desse fascinante universo e que destino o espera após sua breve existência, causa um imenso vazio (talvez, tão imenso quanto o vasto universo à sua volta). Desta forma, essa perscrutação que, outrora chamara-se ‘devaneio’ e hoje adquiriu o pomposo nome de ‘Ciência’, rendeu, ao longo dos séculos, mais indagações do que respostas, gerou uma infinidade de teorias (que, muitas das vezes, mais complicam e confundem do que lançam luz sobre a verdade) e, pior de tudo, caiu nas mãos dos ‘senhores da verdade’ (aqueles que se apropriaram das Escrituras Reveladas e dos Ensinamentos dos Avatares para fundar religiões e criar os “ismos” do Absoluto).
Durante um longo período de obscurantismo – da Pré-história até o surgimento da ‘Razão’ – muita coisa se produziu, na mente humana e no mundo, e se solidificou como ‘verdade’. Um exemplo disso são os ‘mitos’, que surgiram como pura necessidade de preencher o vazio da falta de explicação para alguns eventos, como a origem do Cosmo, dos seres e das coisas, mas ainda hoje, mesmo no domínio da Razão, ainda são insuperáveis. Outrora, por falta de explicações melhores (assim como de uma exigência intelectual não desabrochada até então), quem tinha (ou tomava para si) a “autoridade de dizer” exercia o poder de “estar dizendo a verdade”. No mais das vezes, porém, a verdade estava longe de tudo aquilo que era dito, o que fez, desde então, com que a mentira e a ignorância andassem definitivamente de mãos dadas (e quem haveria de suspeitar?!).

Após profunda pesquisa e estudo criterioso da literatura oriental, tanto quanto do arcabouço de conhecimentos a que tive acesso com a feitura desse trabalho, assim como uma prática de longos anos de Mantra Yoga e Meditação, comecei a ter alguns ‘insights’, que me abriram a visão para os temas fundamentais do ser humano e sua trajetória no mundo. Passei a compreender, de forma extremamente nova, algumas questões que me chamavam a atenção ainda em minha infância (por volta dos meus 10 anos) e que também são questões universais, pois acredito piamente que só aqueles que vivem a vida completamente alheios a ela são indiferentes a tão prementes questões. Minha busca por respostas a essas questões me levou a absorver informações, colhidas daqui e dali, e a considerar somente o que me era razoável, descartando tudo o que me parecesse tresloucado ou sem uma base lógica e sólida como fundamento, inclusive, muito da herança cultural e religiosa que havia recebido. A intuição é uma faculdade comum a todos nós que precisa ser exercitada, para que não seja confundida com a superstição nem com desvios da Razão (conhecida por alguns como “loucura mística”). Despi-me dos preconceitos e dos medos tão comuns em muitas pessoas, que preferem “dormitar sob o manto da ignorância” a fazerem uso benfazejo de seu intelecto e de sua intuição e, tendo chegado a minha próprias conclusões (não sem o auxílio de importantes e fidedignas fontes do verdadeiro conhecimento), resolvi compartilhar essa pesquisa com outras pessoas que, como eu, acreditam que a Verdade não é, nem jamais poderá ser, monopólio de algum homem ou de alguma instituição.

* Estes são trechos do 1º capítulo de meu livro "O Governante das Estrelas - Da Materialidade do Eterno", que deverá ser publicado no segundo semestre deste ano.

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